Alexandre Veras
Alexandre Veras é realizador, professor e pesquisador em vídeo. Foi fundador e coordenador do Alpendre-Casa de Arte, Pesquisa e Produção onde desenvolveu durante treze anos, extensa atividade como curador de mostras de cinema e vídeo e exposições de artes visuais, além de coordenar seminários, cursos e palestras e o projeto NoAr, de formação em vídeo com adolescentes. Foi também diretor da produtora Alpendre Produções, empresa que já produziu mais de cinqüenta trabalhos em vídeo entre eles 3 dos cinco DOCTVs do Ceará, vários curtas do Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo e outros.
Acompanhou a implantação da Escola de Audiovisual de Fortaleza fazendo o desenho do itinerário formativo do curso e ministrando uma série de oficinas além de fazer parte de seu conselho. Nos últimos três anos foi também professor da disciplina Arte e Tecnologia, na Universidade de Fortaleza.Têm ministrado uma série de palestras e oficinas de vídeo-dança e vídeo arte em vários locais no país, tais como DançaEmFoco(RJ/SP), Festival de Dança do Recife(PE), Novembro da Dança(PB), a convite do grupo Dimenti em Salvador(BA), Condança-Porto Alegre (RS), Festival de Videodanza de Buenos Aires, MIS-Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Bienal Internacional de Dança/Conexão Cabo Verde, OI Futuro (Belo Horizonte), como parte das atividades do Festival de Teatro Brasileiro, Conexão Brasil em Chile, Chile en Brasil (Santiago), Festival de Videodanza do Equador/Quito. Como trabalho autoral vem desenvolvendo pesquisas e produções em vídeo-arte, vídeo-dança, imagens projetadas e vídeo-instalações.
Foi curador da Mostravídeo Itaú em junho de 2008. Participou das comissões de seleção de duas edições do Rumos Itaú (2003/2012) e também do DOC TV, primeira edição. Também foi do júri internacional do FórumDOC BH e participou da comissão de seleção para projetos de longa-metragem nos editais de Pernanbuco e Minas Gerais. Participou ainda em parceria na elaboração de vídeos e edição em trabalhos com diversos artistas, entre eles: Eduardo Frota, André Parente, Beatriz Furtado, Andréa Bardawil, Paulo Caldas, Milena Travassos, Waléria Américo, Solon Ribeiro, Caroline Holanda.
Colabora com jornais e revistas esporadicamente e participou nas duas primeiras edições da organização do Simpósio Internacional de Filosofia Nietzsche-Deleuze, participando também da organização de um dos livros resultantes. Em 2007 e 2012 participou do livro Vídeodança, editado pelo DançaEmFoco. Em 2007/08 participou do prêmio Funarte Conexão com o projeto Circuito Intensivo e ganhou o Prêmio Sérgio Mota ( bolsa de incentivo a produção). Em 2008, começou a curadoria do Terceira Margem, encontro de imagem e corpo, ligado à Bienal Internacional de Dança do Ceará. Em 2009 trabalhou no projeto Ponto Brasil, da TV Brasil, realizou curadoria de vídeos exibidas no OI FUTURO do Rio durante o Dança em Foco, no MIS de São Paulo, no MAC de Santiago-Chile, participou do projeto TECER, encontro para discussão sobre documentário em Belo Horizonte e do Seminário Internacional de Imagem Contemporânea, em Fortaleza. Foi contemplado com os projetos Interações Estéticas em Pontos de Cultura, Produção de Conteúdos Críticos para Mídias Digitais, Conexão Artes Visuais e no programa Redes da FUNARTE, foi selecionado também no edital de vídeo-arte da FUNDAJ, no edital de produção de curta em 35mm da SECULT-CE e no edital Longa BO do Minc.Em 2012 foi coordenador pedagógico do Pontão Terceira Margem.
Atualmente desenvolve uma pesquisa cenotécnica em parceria com a diretora Caroline Holanda, do grupo Scenogramas, coordena a implantação do ALGUEIRO-Núcleo de Arte, Pesquisa e Produção do Sertão Central, em Quixeramobim. Foi professor convidado por 3 anos na Universidade de Fortaleza, ministrando as disciplinas de arte e tecnologia nos cursos de Belas Artes e Teatro, também participa ativamente na Escola de Realização Audiovisual da Vila das Artes, e ministra cursos com foco nas relações corpo e imagem e também com arte e tecnologia, realiza curadorias de vídeo e artes visuais e é realizador audiovisual. Em 2015 realizou o projeto a Conversa Infinita, que resultou num exposição, com 7 instalações propostas pelo artista e realizadas em colaboração com 35 participantes envolvidos num processo de formação-laboratório. A exposição ocupou o MAC-CE do Dragão do MAR.
Realizou os seguintes filmes e intervenções: Invenções, Uma Noite com Buda, AnaRosaLinda, Aquário, O Tempo da Delicadeza, Claustros, Falas Inacabadas, Cidade Anônima, Dez toneladas de Vácuo, As Vilas Volantes- o verbo contra o vento, Intervenção San Pedro, Máscara ou Pertença– o avesso da dobra, Só Tenho um norte, Partida, Marahope 14/07, O Regresso de Ulisses, Micro Move Movies, Náiades, O Gesto a Voz e o Olho, Os Tempos, Solo#01, Ensaio sobre as Aguas e seu primeiro longa metragem de ficção Linz- quando todos os acidentes acontecem, através do edital Longa BO do Minc.
Flávia Naves e Sebastian Wiedmann
Flávia Naves é goiana, radicada no Rio de Janeiro, com formação em Artes Cênicas pela Unirio. É atriz, perfomer, integrante da companhia carioca Teatro Inominável e atualmente mestranda no programa de pós-graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da UFF, com o projeto de criação e investigaçãoda performance FIGURAÇA – travestimentos do urbano. Junto ao Inominável, dirigiu com Diogo Liberano o espetáculo Como Cavalgar um Dragão (2011) e atuou em Vazio é o que não falta, Miranda(2010), Sinfonia Sonho (2011) e Concreto Armado (2014), todos com direção e dramaturgia de Liberano. É autora das performances urbanas Auto-Paisagem (2013), Figuras Públicas (em parceria com Gunnar Borges e Teatro Inominável, 2013), A Obra (em parceria com Ronald Duarte e Teatro Inominável, 2013), A Mensageira (Tempo_Festival das Artes, 2013), À Brasileira (Encontro Vulnerável- UERJ; Exposição Novas Poéticas – UFRJ, 2014), Vigilantes (em parceria com Andrêas Gatto, 2014) e Vândala (Mostra Hífen; LabUni – Festival Panorama de Dança, 2014). Em 2014 foi contemplada com o prêmio FUNARTE – Artes na Rua pelo projeto de performance Inter-Urbana: a trilogia das Figuras.
Sebastian Wiedemann
Medellín-Colômbia, 1987. Vive e trabalha em São Paulo.
Cineasta-pesquisador, investiga a interseção entre cinema experimental, filosofia e antropologia, defendendo a possibilidade de um pensamento-cinema que vaza superfícies de expressão entre escrita, curadoria e realização. Possui mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes – UFF (2015), graduação em Direção Cinematográfica – Universidad del Cine (2010, Argentina) e graduação em Artes Visuais pelo Instituto de Bellas Artes (2005, Colômbia). Seus filmes de caráter experimental e documental já foram apresentados em galerias e mostras internacionais das Américas, Europa e Ásia. Em 2013 participou do 8 TalentCampus Buenos Aires e seu curta-metragem “Zugang” foi publicado pela Experiments in Cinema – DVD Collection – New Mexico, EUA. Em 2015 seu filme ‘Los (De)pendientes’ foi eleito um dos melhores filmes do ano pela revista Artforum. No mesmo ano o CineJoia – Rio de Janeiro, apresenta a retrospectiva ‘Em busca do murmulho do cosmos…Devoções e devorações entre imagens.’ com filmes seus produzidos entre 2008-2014. Mais recentemente seus trabalhos foram apresentados na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2015), assim como no Museu de Arte Moderna de Medellín-Colômbia (2016) e em Filmbase (Dublin, Irlanda -2016).
Luísa Nóbrega
Luísa Nóbrega (1984) é artista e seu trabalho se desenrola na zona fronteiriça entre a literatura e as artes visuais. Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo, não tem morada fixa e divide seu tempo entre residências artísticas e casas de amigos em diferentes lugares do Brasil e do mundo. Explorando possibilidades híbridas entre ação, vídeo, som e texto, seu trabalho busca escutar as vozes dissonantes que emergem das zonas de fricção entre corpo e linguagem, em busca de buracos negros históricos e literários, atos falhos eloquentes e situações de colapso linguístico.
Gustavo Ciríaco
Gustavo Ciríaco (Rio de Janeiro). Coreógrafo, curador e artista contextual trabalha na Europa, América Latina, Ásia e Oriente Médio em projetos transversais e colaborações que envolvem arquitetura, artes visuais e as do espetáculo. Seus trabalhos são marcados pelo investimento na partilha sensível das situações e em reconfigurações da experiência do real. Suas obras têm sido acolhidas em importantes instituições de arte, festivais e mostras como Al Mamal Foundation (Jerusalém), Tokyo Wonder Site (Tóquio), Digital Arts Center (Taipei), Panorama Festival, CCBB, OI Futuro (Rio), SESC-SP, Itaú Cultural (São Paulo), Crossing the Line (Nova Iorque); San Art Gallery (Saigon); Casa Encendida (Madri), SpringDance (Uttrecht), Battersea Arts Centre, (Londres), ZDB, Culturgest, Alkantara (Lisboa), Metropolis (Copenhague), Tanz Im August (Berlim), Museu Serralves (Porto), Galerie Michel Journiac (Paris), Bienal de Liverpool, Dans & Teater Festival (Gotemburgo), entre outros. Como curador tem atuado na programação e elaboração de projetos em torno de obras e artistas de Live Art, performance e formatos multimídia. Foi diretor artístico do projeto MANIFESTA! e do projeto de intercâmbio ENTRE_LUGARES entre as cidades do Rio e Londres. Desde 2009, Ciríaco tem colaborado com a artista e antropóloga Fernanda Eugênio realizando oficinas, laboratórios e criações que tomam a cidade e as práticas site-specific como seu foco de interesse.
Manoel Ricardo de Lima
É poeta, professor da Escola de Letras e do PPGMS na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO. Publicou “Falas Inacabadas” [um livro-transparência com a artista visual Elida Tessler – Tomo Editorial]; os livros de poemas “Embrulho”, “Quando todos os acidentes acontecem”, “Geografia Aérea” e “Um tiro lento atingiu meu coração” [todos pela Editora 7Letras]; os livros de ensaios “Entre Percurso e Vanguarda – alguma poesia de P. Leminski” [Annablume], “Fazer, Lugar – a poesia de Ruy Belo” [Lumme Editor] e “A forma-formante: ensaios com Joaquim Cardozo” [EdUSFC]; o romance “As Mãos” [7Letras] e o livro de narrativas “Jogo de Varetas” [7Letras]; publicou o livro para crianças “Maria quer o mundo” [SM Edições]. Organizou as coletâneas “A visita” [com Isabella Marcatti, Editora Barracuda] e “A nossos pés – poemas para Ana Cristina Cesar” [Editora da Casa]. Coordenou a edição da poesia completa de Ruy Belo no Brasil [Editora 7Letras] e coordena a coleção Móbile de mini-ensaios [Lumme Editor]. É co-autor do argumento e do roteiro do longa-ficção “LINZ – quando todos os acidentes acontecem” [com Alexandre Veras].
Simone Aughterlony, Antonija Livingstone e Hahn Rowe
Simone Aughterlony é artista independente radicada e apoiada em Zurique e Berlim, trabalhando predominantemente em contextos de dança e performance. Tem colaborado com autores como Meg Stuart/Damaged Goods, Forced Entertainment e Jorge León, entre outros. Sua prática está empenhada em qualidades que afirmam o potencial transformador de corpos e todas as coisas comprometidas com o pensamento coreográfico. Tem um grande interesse no humor e no mistério do desejo para alimentar os efeitos políticos da performance.
Antonija Livingstone é uma artista independente residente em Berlim, trabalhando nas fronteiras da dança e performance. Seu trabalho muitas vezes nasce de colaborações com artistas visuais, dançarinos e estranhos com quem estabelece a coreografia como uma prática curatorial. Seus eventos, ou esculturas baseadas em tempo, priorizam presenças raras e práticas em vias de extinção.
Hahn Rowe é violinista, guitarrista, compositor e engenheiro / produtor envolvido em uma ampla gama de projetos, internacionalmente conhecido. Como músico, ele tem trabalhado com Glenn Branca, Foetus, Swans, Ikue Mori, R.E.M., David Byrne e Moby. Por trás das placas, projetou e produziu gravações para Bill Laswell, Antony and the Johnsons e, Yoko Ono, entre muitos outros. Hahn tem uma colaboração de longa data com a coreógrafo residente em Bruxelas / Berlim Meg Stuart, que resultou na criação de oito trabalhos de dança com a duração da noite.
